Na tarde desta segunda, 15, a Universidade Federal de Sergipe pôde acrescentar mais quatro veículos à sua frota. Os três caminhões e o carro são frutos de apreensões da Polícia Federal (PF) e foram concedidos à UFS por meio de autorização do Tribunal de Justiça (TJ) do estado. Mais três veículos, sendo dois caminhões e uma moto, aguardam laudo pericial para que também passem a compor a lista de automóveis da universidade.
Segundo o delegado da PF, Daniel Horta Alves, existe uma previsão legal para que instituições que trabalhem com prevenção, repressão e reinserção de usuários de drogas possam trabalhar com veículos apreendidos por tráfico de entorpecentes, e a UFS se encaixa nesse quadro.
De acordo com o delegado, durante o processo de solicitação dos veículos, a UFS apresentou ao menos oito trabalhos voltados à prevenção de drogas, além do serviço de reabilitação promovido pelo Hospital Universitário (HU). “A UFS tem um trabalho farto na área de prevenção às drogas e nós estamos apenas implementando o que está na lei”, explicou.
Daniel Alves acrescenta que a PF procura entrar em contato com as instituições para que aquelas interessadas possam fazer a remoção dos automóveis antes que estes sofram processo de deterioração.
Demandas prioritárias
O reitor da UFS, Angelo Antoniolli, afirma que os veículos servirão para atender prioritariamente ao campus do Sertão, em Glória. “É um campus novo, de Ciências Agrárias e certamente vai servir para que o acesso à comunidade seja atendido por essa via. Então, vamos colocar laboratórios itinerantes e fazer com que a universidade se integre com a comunidade mais facilmente”.
O reitor ressalta que no momento difícil que o país enfrenta, as integrações talvez sejam um dos resultados mais cabidos e importantes para minimizar as angústias e o sofrimento no desenvolvimento da universidade. “Ficamos muito satisfeitos e felizes, e a Polícia Federal está colaborando para que não percamos a possibilidade de servirmos aos jovens desse estado”.
Parceria entre UFS e PF
José Grivaldo de Andrade, superintendente regional da Polícia Federal, avalia a parceria da PF com a universidade como muito interessante. Segundo ele, quando a PF prende os criminosos, não há apenas a pretensão de tirá-los da sociedade, mas também tem a pretensão de diminuir o patrimônio do crime.
“Parte desse patrimônio vem para a PF e ocupa nosso espaço, no caso, veículos, e fazemos parcerias com algumas instituições para que esses automóveis sejam utilizados. E no caso da universidade é mais interessante porque ela tem um trabalho que atende à legislação e permite que receba esses veículos”, completa Andrade.
Ascom
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