O reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Valter Santana, e a secretária municipal de Saúde de Aracaju, Waneska Barboza, participaram de uma videoconferência nesta quinta-feira, 15, para tratar sobre a necessidade de imunizar residentes e estudantes de cursos da área de saúde contra a covid-19.
Durante a reunião, a UFS informou que existe um levantamento sobre quem já teve acesso à vacina, quem já tomou a primeira dose e quem ainda não iniciou a imunização. De acordo com o reitor, a universidade já vinha discutindo a necessidade de vacinar aqueles alunos que estão em cenários de práticas.
“O que gostaríamos era de ver a possibilidade de incluir essas pessoas no programa de vacinação do município de Aracaju com a maior brevidade possível, seja para os residentes, os alunos de internato ou aqueles que estão cursando o estágio curricular”, pontuou Valter.
Levantamento
O levantamento foi realizado pelo Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da UFS (CCBS), cujo diretor, Adriano Antunes, destacou que o semestre letivo foi iniciado no começo de abril e que os alunos precisam retomar suas práticas.
“Temos alunos que já estão cadastrados para a vacinação, existe uma necessidade real de imunizar alunos e professores, por isso estamos pedindo o apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju, a fim de possibilitar que esse retorno às atividades ocorra da forma mais segura possível”, resumiu Adriano.
A informação do coordenador adjunto da Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde, Wellington Barros, é que existem 16 residentes que atuam em Aracaju e que não foram imunizados. “Nós, da UFS, entendemos a escassez de vacinas. No entanto, por força da legislação, esses estudantes e residentes que atuam nos estabelecimentos de saúde precisam ter a carteira de vacinação atualizada. Além disso, temos residentes que foram acionados para ajudar no processo de imunização, inclusive contra a Influenza, e essas pessoas que vão trabalhar com as vacinas precisam estar imunizadas também”, explicou o coordenador.
Coerência
Para a secretária municipal de Saúde de Aracaju, Waneska Barboza, as reivindicações são coerentes, mas é preciso alinhar alguns pontos e garantir a vacinação prioritariamente para aqueles com maior exposição ao vírus.
“A pessoa precisa estar em estabelecimento de saúde. Sabemos que, a princípio, não existe vacina para todos. Serão observados também critérios como idade e comorbidades, pois temos uma demanda muito maior do que a oferta. Hoje existe um cadastro de mais de cinco mil profissionais de saúde aguardando validação para vacinar, mas concordo que os residentes também precisam dessa garantia de imunização”, alegou.
Waneska acrescentou ainda que o aluno da área de saúde que está finalizando a graduação também será priorizado. “A UFS enviará para a Secretaria uma lista, que será analisada para verificação das prioridades. No entanto, o cadastro dessas pessoas para a vacina deve continuar a ser feito normalmente”, enfatizou a gestora.
Ao final da reunião, o reitor Valter Joviniano demonstrou a disponibilidade da UFS para auxiliar a Secretaria de Saúde no que for possível. “A Secretaria pode contar com o apoio da universidade, com o nosso corpo discente e docente, para enfrentarmos juntos esse e outros desafios em prol da sociedade sergipana”, declarou.
Lagarto
Já no Hospital Universitário de Lagarto (HUL-UFS), os residentes estão sendo todos vacinados. Quem teve acesso à vacina Coronavac, cujo espaço entre as doses é menor, já está devidamente imunizado, enquanto quem recebeu a vacina AstraZeneca/Oxford, que possui um intervalo de até 12 semanas, está aguardando o prazo recomendado para receber a segunda dose. Assim como em Aracaju, o cadastro para vacinação em Lagarto é feito pela Secretaria de Saúde local.
Andreza Azevedo
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