Na manhã desta terça-feira, 17, pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) estiveram reunidos com a Capitania dos Portos de Sergipe e a Superintendência Estadual de Proteção e Defesa Civil para debater a atualização da dinâmica do estuário do Rio Sergipe. A pesquisa é conduzida pelo Laboratório de Progeologia, vinculado ao Núcleo de Petróleo e Gás da UFS.

O projeto já existe há alguns anos, foi paralisado em 2019 e retomado em 2022 com a realização de campanhas de campo e instalação de pontos de controle no litoral sergipano. O coordenador do laboratório, Antônio Jorge Garcia, ressalta a relevância da integração entre pesquisa e sociedade.

“Vendo todos esses riscos que as comunidades passam, a interação entre órgãos é fundamental para salvar as pessoas. Estou feliz de ter a confiança da Reitoria da UFS, ainda mais agora nessa interação com a sociedade, e fico muito gratificado em poder colaborar com a UFS e a sociedade sergipana.

A apresentação foi conduzida pelo geólogo e pesquisador do Progeologia, Júlio César Vieira. Um dos resultados da pesquisa, em 2019, foi a setorização de risco no bairro Coroa do Meio, em Aracaju. Com a retomada dos trabalhos, o projeto foi voltado para uma atualização da dinâmica do estuário do Rio Sergipe.

“O que for preciso atualizar a gente pode fazer. Esse é o momento de termos sinergia e trocarmos figurinhas para trabalharmos juntos. A gente trabalha em escalas e, lá na frente, em uma escala ampla, você tem a comprovação exatamente daquilo que o teu dado te mostrou”, explica Júlio.

“A apresentação fez uma demonstração de coleta de dados físicos, cujas propriedades físicas nos dão interpretação de processos e esses processos estão sendo constatados pela existência deles em imagens de satélite e experiências de campo”, completa professor Garcia.

Para o reitor da UFS, Valter Santana, a reunião coloca em prática a integração plena com a sociedade, já que o conhecimento novo é o produto daquilo que é realizado na universidade e agrega não só na formação dos nossos alunos, mas também no aprendizado novo pra sociedade. Esse conhecimento é compartilhado com órgãos e entidades que absorvem podem melhor formatar os seus processos. É um ecossistema, digamos assim, perfeito, no qual o conhecimento produzido gera um produto e esse produto é aplicado em benefício da sociedade”.

O superintendente estadual da Defesa civil, relembra o início da parceria com a UFS. “As portas se abriram através dos paredões dos Cânions de Xingó. E os estudos acadêmicos não devem ser engavetados, então temos que estudar a gestão de riscos para minimizar os impactos e trabalhar na prevenção porque assim a sociedade ganha”.

O comandante da Capitania dos Portos de Sergipe, Luciano Rodrigues, também acompanhou o encontro. “Se nós não acompanharmos essas novas dinâmicas, não estaremos prontos para lidar com isso no futuro. É um trabalho importante para a sociedade e certamente para a marinha porque precisamos ter conhecimento do que está acontecendo e de possíveis riscos para o nosso planejamento. Gostaria de parabenizar a equipe da universidade que tem se dedicado ao longo dos anos em investigar, estudar e realizar esse acompanhamento”.

Ascom UFS

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